Postagens

POEMA VOCÁLICO

Imagem
A o Pensar certas coisas Que faz o meu povo ser o que é Penso e pesaroso fico num misto de perfídia e fé. É tanta penumbra e escuros sólidos, Tanta cegueira a reinar Tantos anseios suprimidos Abortados no nascedouro Sem nunca poder brilhar. I nquieta-me tantas dores Tantos dias cinzas sem cores Enquanto sofrem esperam Seus cristos e redentores. O s pobres ignóbeis que somos Escravos da ignorância Temerários sobrevivemos Torporizados pelo cotidiano nutrindo-nos de vãs esperanças. U m momento, mils momentos Cada um com seus tormentos Enquanto segue a orquestra Nesta canção caótica somos meros instrumentos.

QUERO TE

Imagem
Google Imagens Quero seus olhos, seu sorriso Quero seu rosto, seu corpo Quero seu eu, meu céu Ser o seu mel, paraíso. Quero suas mãos, emoção Quero seus braços, abraços Quero seus pés, seus passos Ser o seu chão, fértil e farto. Quero seus gritos, gemidos Quero seus risos, suspiros Quero seu hálito, descompasso És o pão no qual me farto. Quero os seus lábios, seus beijos Quero seus afagos, mais meigos Quero-a intensa, faminta e insana Ser o seu leito e lençol, sua cama. Quero seu jeito mais simples, mais dócil Ser o seu ser, que te faz ser feliz como possa.

RECEIOSA A DESEJAR

Imagem
Google Imagens Seu olhos têm vida Têm sede e saudade de si Perdida se sentes se vê Tão frágil a esbanjar força e poder Tão bela tão meiga Só quer seu amor sendo amado servido comido na mesa do amar És flor de láureas pétalas que se despetála ao se despertar Na calidez da solidão e do desejo de se ver amada Envolta no aconchegante manto do amor Amor que não se mensura que não se acaba que não se esvai ou vai Amor que fica no vai e vem no embalo da vida no embalo dos corpos Nos olhares a se verterem em si Se recriando mutuamente sempre quentes e famintos Se fecha sem medo com medo de amar Ansiando pelo amor.

SANGRANDO VERSOS

Imagem
  Google Imagens   Meu desespero é o tempero que dá gosto a minha esperança E o exagero é companheiro roto na desventurança Minh’alma nua pelas ruas busca por bonança Num corpo louco templo dessa desmedida dor E na penumbra opaca de cada olhar apagado Me reconheço ao avesso do que sonho ser Matérias mortas animadas em corpos sem vida Meros banquetes do meu eu carnívoro devorador Que segue a esmo sempre a perecer A conta gotas a cada gota de gozo a verter sofrida Corpos talhados na madeira carne São só mulheres na vida de escárnio Que a moral refuta para a marginália E tradição condena para escondê-las Mas aos meus olhos como aos demais É tão fugaz seduz é tão bom vê-las Deseja-las, possuí-las doce proibido Escravizadas por seus sonhos loucos Por suas ânsias e nossa libido São condenadas por que são espelhos A refletir nossas contradições Desafiando a débil moral e contestando rudes tradições Damas da vidas as mais diversas vida