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Uns veros pra você...

Olhos  olhares e lábios Versos palavras e frases Jovens sonhares e sonhos Dias desejos lugares Tantos tormentos Tropeços Tantos desejos e planos Tantos amores no peito Meio sagrado e profano No áureo amarelo do loiro Que envolve eus fios capilares Encontram-se todos os mistérios E encaanto dos teus olhares Dei se me dei se medou Faço-me todo oferenda Bela como o sol nascente viver é lição vá e aprenda De branca têz e láureo capilar De lábios finos e cálido olhar Diz em silêncio o desejo que tens Deixando no ar encantos demais Doce e brejeira encanta imperativa De singelos gestos e marcantes traços Desperta a rima sutíl que abraço Dialogando em prosa poetisa Desde o primo olhar na primeira vez Desabrochavas poesia em fuidez Desatando o jorro do poeta Deyse dê-se tempo e veraz Definitivamente a paixão voraz diluida em poesia que tudo inquieta.

O Molequinho da Garrafa

Era lá pras beiras de Mato Seco, sim naquelas beiradas é que se deu o caso que todo mundo conhece e sabe de cor. Não os mais moços, pois estes de nada sabem, estão ainda principiando sua caminhada e mesmo achando que sabem de tudo, muita coisas se lhes escapam, coisas muitas vezes não ditas e nem escritas, mas vivas e eternizadas nas memórias e que só saltam ao ouvidos de quem se propõe ouvir, nas horas de conversas e rememorar. Quando a caixa da memória se abre o as mãos do pensamento adentra o escuro da mente e faz sair as lembranças, refazendo uma infinidade de coisas que ninguém jamais viu ou imaginou, ou melhor que poucos viram, ouviram, sonharam, testemunharam e guardaram no silêncio profundo da memória, terra onde nada se perde e tudo permanece para sempre e que vem a luz do conhecimento coletivo cada vez que seus detentores se dispõem a lembrar e a narrar. Esse caso é mais um de tantos que ouvi nas rodas de prosas e causos da boca de Tio Filipe. Ele homem de oitenta e trê

BELPHEGOR DO ARCAICO A TEMPO PRESENTE

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Google Imagens A velha desdentada e suja arrasta-se com dificuldade pelas ruelas fétidas daquele lugar. O silêncio domina a noite fria e somente ora ou outra algum gemido distante perturba o ambiente, concorrendo com o ecoar de esparsas e longínquas vozes a tilintar pela penumbrada cidadela de Moabe. Em sua cabeça uma voz insistente ecoa em um refrão ininterrupto. ... Joene, Joene, Joene... Ela se ri e meneia a cabeça num bailado esquisito. Um clarão se faz e lá está ela, jovem e bela a bailar em um longo e branco vertido de seda. Uma seda tão fina, que só os Assírios sabiam produzir com tamanha alvura. O sangue do sacrifício derrama-se no altar de Belphegor e ela se rejubila ao som das cítaras e das harpas que entoam cantos e levam a assembleia ébria e possessa a adorar o deus dos moabitas num grande festim, de invejável idolatria. Joene é a bela moabita responsável pelo festim. Joene está em festa a Belphegor, pedindo uma resposta, uma estratégia para seduzi

OS VERSOS QUE FIZ PRA VOCÊ

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Google Imagens Quando te vi me lembro, tremi... Não foi medo, não foi desconforto. Foi o tremor de quando duas forças se encontram, assim foi quando te vi pela primeira vez. Seu jeito imprimiu em mim a sua imagem. Seu rosto de fortes traços, seu semblante belo e feminino, mas de uma inquebrantável força e vivacidade, causou-me certo desconforto, mas não podia evitar-te... Seu corpo marcado pela maternidade não perdera o encanto, exibia-se em um belo traje vermelho que ressaltava sua sensualidade e volúpia conferindo-lhe certo ar de deidade. Prostrei-me como convém ao mortal ante uma divindade. Sofri ao deixar-te! Partistes incólume em sua magnifica e sublime postura avassaladora... Os dias trouxe-te de volta e apressou se em nos aproximar, juntar nos num mesmo labor. Que nos fez estranhamente íntimos distantemente próximos maravilhosamente cumplices e convergentes... Assim rendi-me, apaixonei-me e perdi o zelo estanque numa rua de chão qualquer... Falamos de nós..