Postagens

Mostrando postagens de 2016
Imagem
ONDAS DE TRANSFORMAÇÃO A vida é um grande mar, Quiçá, imenso oceano, Onde singra-se sem trégua, No barco corpo humano. De ondas sempre diversas, Hora a hora se alternando, Entre suaves e revoltas, O corpo/barco chacoalhando. Somos nós nesse sentido, Barcos de carne a seguir, O caminho que escolhemos, Com compromissos a cumprir. Enquanto barco singramos, Sempre conforme conseguimos, Mas é no singrar a vida, Que vamos evoluindo. Pode se singrar a esmo, Como barco à deriva, Sem rumo e sem consciência, Perdido na própria vida. Estacionado em si mesmo, Teimando em remar sozinho, Contra o balanço da vida, Que sempre indica o caminho. A cada instante uma estrela, Um astro ou outro sinal, Se mostra ao navegante, Chamando-o a vencer o mal. O mal de singrar a esmo, Por oceano revolto, Sutilmente lhe indicando, O norte que leva ao porto. Mas cego, surdo e insensível, O navegante não vê, Insiste em singrar a esmo, Sozinho até perecer. Quando então

O PARTO

Imagem
O PARTO Ai, ai, ai! Como dói minha iscadeira! Essa minha cacunda cansada, de doer inda me mata! Maria Tomásia se levanta do rancho e manquejando e balbuciando lamentos se dirige ao rêgo d'água, pamode lavar os últimos pano que o menino tá chegando. Pelas dores que vem sentido e o tamanho do bucho, ela sabe pela experiência de outros sete partos, que sua hora não demora. Quando a noite cai e o céu de estrelas se decora, as dores chegam ao seu liminar e Maria Tomásia sabe que é hora da grande hora. Assim, entre uma contração e outra manda seu primogênito Pelágio ir à casa da vizinha, chamar dona Davina, parteira e comadre sua. Deveras,  acertado tudo já  estava, desde a semana passada, quando as dores primeiras de parir sutilmente já se anunciavam. Foi na reza de dona Davina, ela que era devota de Nossa Senhora do Livramento, enquanto amassava o "rosado e a brevidade", biscoitos caseiros à  base de goma de mandioca, que dona Davina não gostava de deixar faltar na

Caído

Imagem
No chão da vida me encontro, Remoendo todos os meus feitos, Soterrado em meio aos escombros, Desse mundo de seres imperfeitos; Dos amores que tive, que vivi, Das sementes que na vida plantei, Lindos frutos em filhas colhi, Muitos sonhos com lágrimas teguei; E o tempo menino apressado, Todo afoito a seguir o caminho, Devorou quinze anos calcados, A pés descalço com afeto e carinho; Fiz história, estorias contei, Eu rezei, eu cantei a pregar, Em aprender muito me empenhei, Para poder melhor servir e amar; Me fiz servo,  amigo e irmão, Me fiz ombro, coração e ouvidos Me doei, ofertei minhas mãos, Acolhendo o que tinha caído; Me fiz punho, me fiz braço e voz, Fui à luta e simplesmente lutei, Pouco a pouco fui deixado a sós, Justamente por quem eu lutei; Ressequido, sufocado e perdido, Vi raiar o louco sol da paixão, Que voraz devorou -me o juizo Destruindo o meu fio da razão; E nos olhos da mais bela flor, Pelo amor fui então encontrado, Sem tocá-

Soneto em Acróstico

F azer sua história, seguir seu caminho, E mpenhando-se em viver, vivo estando, L utar com amor, fazer tudo com carinho, I luminando-se, caindo ou se levantando. Z ombando dos males e perigos da jornada, A rmando-se de sorriso, amor e compaixão, N a certeza de que só o amor e mais nada, I lumina e vence, nossa sombra e escuridão. V ivendo é aprendiz, ensinando o que aprendeu, E nquanto inquieto e ávido procura transcender, R umo àquele, que de puro amor, um dia o teceu. S egue seus sonhos e os desejos do coração seu, Á vido do céu, segue se doando a se enternecer, R enascendo das trevas, para a luz  do amor Deus. I nspirado pelo amor segue vencendo a compreender, que no caminho é preciso, que se... O re, vigie e ame... Siga, sendo e aceitando o que se é, buscando ser, o ser que se sonha ser. Amando, amando, amando... E assim, pelo amor ir se transformando.

Quando Caímos

Aquiete-se e tenha fé, por acaso, acredite nada é, Cada um é aquilo que é, vivendo conforme  acredita, Cada um sofre as dores que na vida tem que viver, Suportando pela vida, o conjunto de suas desditas. Só quem sofre os tormentos e os espinhos das dores, Só quem suporta o peso que tem a sua pesada cruz, Sabe onde o sapato aperta, onde mora seus dissabores, Sente as trevas que insistentemente atenta contra sua luz. Por isso mesmo limite-se a amar e nunca se apresse em julgar, Se coloque no lugar do outro e tente suas dores entender, E verás que as vezes a loucura e a morte, nos parecem ser solução. E já cegos de medo e de dor, desistimos sem forças pra esperar, E então  não  suportando o fardo, sufocados de tanto sofrer, Desistimos de tudo e falidos caímos, suplicante pela compaixão.

Coleção Sacramentos

Coleção Sacramentos 1-Batismo Incrédulo e sem razão, Eu negava o amor. Negava sua existência, Negava sua benemerência, Negava sua eficiência. Um pérfido de coração, Eu só cria mesmo, era na dor. Essa dor da existência, Devoradora de consciências, Mãe e irmã do desepero. Que leva-nos ao pesadelo, De nos vender a qualquer preço. Mas num dia casual, Veio você afinal, O meu mundo transformar. E a dor que eu cultivava, Mutilando meu coração, Devorando-me a razão, E empobrecendo- me a emoção, Por teu olhar foi vencida, Dando vida a minha vida. Me vencendo afinal. E assim,  tu me sorristes, Com um olhar me sedusistes, E por fim, me condusistes, Ao teu corpo batismal. E na pira do teu fogo, Queimastes o velho eu, Fazendo surgir o novo, Batizado pelo amor, Nas águas ferteis do teu gozo. E sendo o novo ser que sou, Eu só vivo pra você, Sou servo do teu amor. 2- Eucaristia No sagrado templo do amor, Coloco-me desnudo e contrito, Reverente e cheio de gra

Livros Gratis

Imagem
Baixar Livros Gratis

Download de um livro por dia totalmente grátis